Cozinha

Eu não sei cozinhar. Eu simplesmente não sei cozinhar.

Por mais que mexa, por mais que faça, tudo tem o mesmo sabor. Tudo! A única coisa que me sai bem e que sabe ao que deve é o arroz, mais nada...

Vêem ou Veem. Eis a questão.

Hoje tive o meu primeiro encontro imediato com o Novo Acordo Ortográfico. Eu sabia que isto ía dar asneira! Eu sabia...

Estava num dos meus piores momentos - escrita de texto com os alunos todos ao mesmo tempo (trabalho de texto - termo mais técnico =P) - e chego a uma altura em que tenho de escrever a palavra vêem. Eu, como sempre, escrevi vêem, é assim que ainda está em vigor dado que o Acordo ainda não está a funcionar em pleno. O que eu fui escrever...

Uma das minhas alunas (do 2º ano) mais pespineta levanta o dedo e diz:

- Isso não leva acento! A minha mãe ensinou-me que agora já não leva acento.

Ok... A miúda tem uma certa razão. Segundo me apercebi (não tenho a certeza), o Novo Acordo Ortográfico está em fase de teste, nenhuma das formas estava errada. Lá tive de explicar que as duas estavam certas, mas que era melhor deixar a que tinha escrito porque é a mais utilizada (justificação um bocado sem sentido).

Esta fase de transição é enervante, não é água nem vinho.
Agora tenho de ver é se evito essas palavras que é para não haver mais destas coisas. Sinceramente não sei o que hei-de ensinar. O antigo ou o novo. Decidam-se!!!!

Próxima etapa

Bem, bem... Um ponto da situação.

A operação correu bem e amanhã a minha vuelita Adelmanita já está em casa para receber os miminhos da malta como deve ser.

Bolas ... Que susto ...

Esta senhora prega-nos imensos sustos. Cada vez mais me apercebo que desde a morte da minha mãe, ela tem sido um grande pilar para todos nós.

Agora não vai andar tão cedo, provavelmente ainda vai demorar umas semanas. O que me interessa é que mais cedo ou mais tarde aqueles pézinhos vão voltar a pisar o chão e que já não vou estar sozinha com o meu avô em casa. Faz-me falta aquela voz mandona!!

Obrigada pelo que me escreveram aqui e pelo que me disseram quando me encontraram. Obrigada pelos abraços mais que oportunos.
Obrigada pela chuva de telefonemas que me impediam de sentar um bocadinho que fosse para descansar. Souberam-me mesmo bem =)

Mau dia

Mau dia.
A minha rua inundada
Cheguei à escola com uma hora de atraso
Os miúdos estavam insuportáveis (provavelmente era mais eu que estava insuportável)
Cheguei com meia hora de atraso para o horário de visitas no hospital
Apercebi-me, por mero acaso, que estavam a levar a minha avó para o bloco operatório. E tendo em conta que eu sou o contacto de emergência... Bastante interessante. Por sorte consegui dar-lhe um beijinho e acalmá-la um bocadinho.
Agora estou à espera que tudo termine .....

«NINGUÉM SE MEXA! MÃOS AO AR»

«Ninguém se mexa! Mãos ao ar» disse o histérico
e frívolo homenzinho com mais medo
da arma que empunhava que de nós.
«Mãos ao ar!», repetiu para convencer-se.

Mas ninguém se mexeu, como ele queria...
Deu-lhe então a maldade. Quase à toa,
escaqueirou o espelho biselado
que tinha as Boas-Festas da gerência

escritas a sabão. Todos baixámos,
medrosos, a cabeça. Se era um louco,
melhor deixá-lo. (O barman escondera-se
por detrás do balcão). Ali estivemos

um ror de medo, até que o rabioso
virou a arma à boca e disparou»

Alexandre O'Neill

Sinto-me como o "homenzinho com medo". Não com vontade de matar toda a gente, mas com o mesmo sentimento de já estar a chegar ao limite.

Coincidências terríveis e isso assusta-me.

Há 3 anos tinha a minha mãe a adoecer e a ir para o hospital, hoje a minha avó deu um trambolhão monumental e foi para o hospital

Há 3 anos estava eu ao lado da cama de hospital da minha mãe a tentar acalmá-la e convencê-la de que tudo ia correr bem, hoje estive ao lado da cama de hospital da minha avó a acalmá-la e a tentar convencê-la de que tudo ia correr bem

Coincidências a mais com pessoas por demais importantes na minha vida. Não quero que a história se repita toda até ao fim. Ainda não me consegui recompus do que aconteceu há 3 anos.
Não quero perder duas mães tão cedo...

Isto de não conseguir falar com as pessoas torna-se terrível nestas alturas, mas aqui fica um desabafo e um pequeno momento para respirar fundo e tirar o nó da garganta.

"Conversa" numa paragem de autocarro.

- Menina Menina! Estou aqui há tanto tempo e ainda não vi passar nenhuma daquelas camionetas verdes...

- Pois olhe, elas não passam aqui. Só no Campo Grande, depois depende para onde quer ir.

- Ai menina... eu quero ir para longe! Muito longe!!

(Muito bem visto... Tenho de pensar nisso também)

Joelhos com a mania que mandam...

(Adoro dizer esta expressão) Rais Parta o meu joêlho.
Desde um trambolhão que dei em Outubro, o meu joelho esquerdo nunca mais foi o mesmo. Estamos constantemente em disputa, quando ele me diz que tem de parar é quando eu deixo escapar um pequeno guincho de dor e peço com jeitinho para ele se aguentar mais um bocadinho. Ele normalmente nunca me ouve e tenta levar a sua até ao fim, obrigando-me assim a coxear ate ao banco mais próximo.

Já me precavi e fui fazer queixinhas dele a uma médica, mas ele continua a não me deixar em paz, não se intimida com nada!! O prognóstico não me animou nada. Segundo o que a sra doutora médica me disse, provavelmente terei de ir à faca. Mas antes vamos ter de mimar o rais parta do joelho para ver se ele deixa de ser um totó (que é para não dizer outra coisa...) com a mania que manda! Vamos passar uns tempos com gelo, comprimidinhos e ecografias.

Agora oh fashóvor vê lá se cresces um bocadinho e deixas aqui a je andar em paz!